Capítulo 2: A dificuldade de planejar: um problema de quase todas as famílias
Para formar uma poupança, as famílias adiariam por alguns meses a aquisição de certos bens. A escola e a faculdade dos filhos seriam pagas por uma poupança aberta exclusivamente para essa finalidade, em vez de consumir grande parte da renda dos pais. Moradia e veículos teriam um padrão ligeiramente inferior ao que a renda permite, mas estariam garantidos para o resto da vida, juntamente com uma poupança gorda no banco.
Mas, se manter um plano de independência financeira não é algo tão complexo, por que grande parte das pessoas falha ao tentar pôr em prática essa regra?
Em primeiro lugar, há que considerar a tendência de cada indivíduo de colocar sua vida pessoal em segundo plano, em razão de exigências profissionais.
Em segundo lugar, deve-se levar em consideração que a burocrática rotina de controlar gastos e traçar estratégias não é tão prazerosa quanto comer, dormir, exercitar-se e fazer sexo. Nunca convencerei vocês, leitores, de que o planejamento financeiro pode vir a ser mais excitante ou agradável que as atividades aqui citadas. Mas o hábito de estabelecer objetivos, traçar planos para atingi-los e colocá-los em prática pode ser, sim, muito excitante, sobretudo quando os projetos são traçados a dois e têm como meta grandes conquistas.
Finalmente, a terceira razão que dificulta a construção de um plano de independência financeira é a sedução do dinheiro. É possível aprender meios de se relacionar melhor com o dinheiro; o difícil é resistir às tentações que ele nos oferece.
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